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Origem e Função da Própolis 06/03/2008

Origem e Função da Própolis


Extraído de: Revista Zum-Zum outubro/ dezembro-2007

O termo própolis provém do grego: pro = diante ou defesa, e polis = cidade ou colméia. Portanto a palavra pode ser entendida como uma substância que defende a cidade ou a colméia das abelhas. Seguramente, há anos atrás, muitos agricultores não apreciavam a presença desta substância em suas colméias pelo fato da própolis dificultar o manejo do quadros e impregnar suas mãos, luvas e formões, mas, graças a evolução das pesquisas e a divulgação de suas propriedades, anti-inflamatórias, antitóxicas, antissépticas, bactericidas, bacteriostáticas, cicatrizantes, entre outras, com amplo uso na medicina humana, veterinária, agricultura e conservação de alimentos, é mesmo considerado um dos produtos mais valiosos entre aqueles produzidos pelas abelhas. A própolis apresenta cheiro característico com coloração variável do verde-amarelado ao preto, solúvel em álcool, éter, benzeno, acetona, etc. Sua presença na colméia é esclarecida através de duas teorias: a interna ou endógena, e a externa ou exógena.

Teoria da origem interna ou endógena – Esta tese surgiu no princípio deste século (1907), por alguns cientistas alemães, que afirmavam que a própolis seria um resíduo resultante da primeira digestão do pólen pelas abelhas. Esta afirmação estava centrada nos trabalhos botânicos da época, que encontravam na própolis grandes quantidades de óleos e bálsamos originados da membrana dos grãos da pólen. Estes seriam regurgitados na própolis pelas abelhas, no decorrer do processo da preparação do pólen para a alimentação das larvas. A principal objeção para esta teoria é que o proventrículo das abelhas não permite estabelecer diferenciação entre óleos, bálsamos e os demais componentes do pólen.

Teoria da origem externa ou exógena – De acordo com esta teoria, as abelhas retiram a própolis de certas coníferas (pinheiros, araucárias, etc.), onde é encontrada na casca em forma de resina ou das gemas e brotos de angiospermas (abacateiros, ameixeiras, pessegueiros, etc.), segundo Aristóteles, filósofo grego que viveu em 384, antes da nossa era.

Na opinião dos pesquisadores, as abelhas enriquecem esta resina com suas secreções mandibulares, enzimas e pólen. Investigações realizadas nos últimos anos, principalmente na União Soviética, França e Tcheco-Eslováquia, têm permitido a identificação e o isolamento de numerosas substâncias químicas que foram encontradas também nos brotos e gemas dos vegetais; no entanto, estas substâncias foram encontradas no pólen.

Em colméias isoladas em gramados e pastos onde há abundância de pólen encontram-se pequenas ou nulas quantidades de própolis; ao contrário, em apiários próximos a bosques e florestas com vegetação arbórea encontra-se uma presença constante desta resina.




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