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Própolis pode combater dengue
Especialista afirma que substância previne a doença
Videira - Poderia a própolis atuar como preventivo contra a dengue? O apiterapeuta Gilvan Barbosa Gama, especialista em mel e seus derivados, afirma que sim. Segundo ele, isso seria possível porque a pessoa que ingere constantente a substância exala, através do suor, um odor que impede a aproximação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Para obter esse resultado, a pessoa precisa ingerir 7,5 ml da solução de própolis diluída em meio copo de água-de-côco. Essa terapia, diz, tem dado resultados positivos em todos os locais onde foi aplicada, desde a Amazônia até em Santa Catarina, onde Gama atua com mais freqüência.
"Em todas as cidades onde os prefeitos adotaram esse tipo de terapia não foram registrados casos de dengue, e isso tem de ser levado em consideração tanto pela sua simplicidade quanto eficiência", enfatiza Gama, que esteve em Videira semana passada, divulgando seu trabalho. "Em vez de gastar milhões em tratamentos, o governo poderia dispor de R$ 0,50 por paciente e obter a cura e prevenção da doença", defende, salientando que o preparo deve ser tomado, em casos de contaminação, durante o pico febril, e com mais três doses, uma a cada duas horas.
A eficácia do tratamento, segundo ele, foi comprovada em uma pesquisa de campo que fez por cinco anos na Amazônia. "Eu fiquei lá por cinco anos, sempre administrando a própolis, e nesse período não adquiri a doença", conta. Desde que descobriu as propriedades da substância, Gama luta para ter seu trabalho reconhecido pela Fundação Nacional de Saúde (FNS), órgão do Ministério da Saúde. "Em alguns países da África, esse tipo de substância vem sendo utilizado com excelentes resultados, e nada impede que no Brasil aconteça o mesmo", defende. A própolis é utilizada como um antibiótico natural que potencializa o imunosistema, tornando-o mais resistente às infecções oportunistas. Tem ação imediata, é cicatrizante e tem efeito anestésico e hemostático. Seu uso não acarreta efeitos colaterais, e o baixo custo é um dos atrativos.
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